A Comercial Martini foi fundada em agosto de 1983, por Tércio Kauer, no Mercado Público de Porto Alegre, loja número 11 (onde está até hoje). Inicialmente, a loja vendia apenas embalagens plásticas, mas como havia uma antiga regra que obrigava as lojas do Mercado Público a venderem produtos alimentícios, Seu Tércio resolveu colocar um freezer com picolés de uma marca famosa. E 1984 fez um verão escaldante!
Seu Tércio resolveu então que iria fabricar seus próprios picolés. E assim, na pequena loja também havia uma fábrica! Em 1985 esse visionário se deu conta que todos poderiam fazer seus picolés em casa. Adaptou a receita industrial para pequenas porções e tornou-se o primeiro estabelecimento no Brasil a vender produtos de sorvete para o consumidor.
Como as formas para fazer picolés na época eram só as industriais, seu Tércio tem uma ideia genial! Colocar a calda do picolé dentro de um saquinho fino e comprido e dar um nozinho na ponta. Aí nascia o tão conhecido sacolé. Hoje não tem uma pessoa que não o conheça!
Ano após ano, foi incrementando a linha de produtos que proporcionavam às pessoas uma oportunidade para terem renda própria. Colocou a linha de confeitaria. E foi a primeira loja de artigos para doceiras.
Em 1988 sua filha Adriana começa a trabalhar com ele. E a parceria não poderia ter sido melhor para ambos. Acrescentam na linha chocolates em barra. Longas filas se faziam em volta do Mercado Público para comprar esse precioso item na única loja que dispunha desse produto no centro de Porto Alegre!
Sentiam que precisavam entender melhor dos produtos, pois não sabiam responder com convicção às dúvidas dos clientes. No Brasil não havia cursos completos e certificados, então em 1990 Adriana vai estudar confeitaria no Instituto Ballina, na Argentina.Trouxe na volta, além do conhecimento que sempre compartilhou com seus clientes e amigos, novidades nunca vistas no Brasil. Começam a importar bicos de confeitar, corantes em pasta e apetrechos para confeitaria artística.
Adriana começa a dar aulas de confeitaria artística em paralelo com o atendimento na loja. Em 1996, seu Tércio vem a falecer. Adriana assume por completo a loja e para de dar cursos. Em 2010 vai para Nova Iorque fazer curso de utilização de ouro em alimentos. Se torna chocolatier. Em 2012 faz um novo curso de confeitaria, desta vez no Brasil e se torna a segunda melhor confeiteira do Brasil pelo concurso Interiga.
Em 2018 traz um novo conceito de eventos de confeitaria. O SugarCake Show. Via que nas feiras de confeitaria as pessoas corriam de estande a estande para não perder as aulas dos confeiteiros mais famosos. Entendeu que seria incrível se as pessoas pudessem assitir sentadas confortavelmente enquanto os professores davam a aula em um palco. Teve três parceiros para tocar o projeto que aconteceu em 2018 em Porto Alegre e em 2019 em Santa Maria e Porto Alegre novamente.
Adriana até hoje administra a loja com carinho, estuda e cozinha para poder poder ajudar seus clientes em suas dúvidas.
“Não podemos esquecer de onde veio e como começou. Mesmo com todas essas revoluções, eu jamais vou deixar de vender o que nós vendemos um dia – embalagem, produtos para sorvete e picolé caseiro, chocolate. Muitas histórias ouvi, muitas tive a honra de poder contribuir de alguma maneira. O grande segredo é conhecer muito o que tu vende, tratar muito bem as pessoas. Tive a sorte de ser filha de quem eu fui e trabalhar onde eu trabalho. Amo a minha loxinha”